One word breaks the code of silence, silence tells me all I need to know

Nos ultimos dias estava tentando seguir a estrada pavimentada do senso comum em vez da minha trilha aberta a facão. Afinal de contas é o caminho mais cômodo e prático, todos estão “vibrando” na sintonia do Ano Novo, do fechamento de um ciclo e início de um novo, e nadar contra a correnteza parece algo tão absurdo e um gasto de energia tão desnecessário…

O problema é que meu ciclo não se fechou ainda… ou melhor, meus ciclos. Na verdade, alguns apenas começaram. Minhas mudanças começam dentro da minha cabeça, não adianta…aquela balela do “fake it till you make it” nunca funcionou pra mim. Eu finjo ser de um jeito, forço sorrisos e costumes e a única coisa que eu ganho é uma vontade imensa de gritar e sair correndo.

Seria ótimo se a vida fosse linear, certo? Não, não seria. Seria um saco. E eu respeito e aceito que não seja. Mesmo com minhas frustrações, mesmo desejando ardentemente não ser esse caos em forma humana que sou, e na verdade, justamente por isso, não cedendo a esse desejo… porque minha força está justamente no meu Caos. Na minha não-linearidade, na minha inconstância. Eu me respeito e me aceito.

Na verdade, por ser policíclica, a vida tem momentos em que algumas coisas estão bem, ciclos estão sendo fechados, e outras coisas estão em transição, e sua roda da fortuna parece mais o desenho de um átomo, cheio de elétrons rodando em volta de você. É assim mesmo. Nem sempre você vai saber a resposta para aquela pergunta clássica: Como vai? É por isso que a gente segue a etiqueta e responde: “tudo bem”.

Feliz ciclos novos.